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Era 1992, a Canadian Soccer League
chegava ao fim, a primeira e única liga de futebol profissional 100%
canadense acabou falindo por problemas financeiros. A liga começou no
ano de 1987, um ano depois do Canadá disputar sua primeira e única Copa
do Mundo, o qual causou espanto na época em se classificar para uma Copa
sem ter uma liga de futebol profissional. O objetivo dos dirigentes da
CSL era claro, fazer com que os jogadores canadenses jogassem no Canadá.
A liga serviu de base para a formação de atletas que mais tarde
conquistariam a Gold Cup de 2000 pelos Canucks, mas, não trouxe muitas
coisas interessantes para o futebol nacional de imediato e acabou
falindo.
Agora, 24 anos depois do fim da única liga canadense de futebol profissional, surge uma expectativa que uma Canadian Premier League comece em 2018. E a liga já tem até um gerente que terá o objetivo de fazer o sonho virar realidade. Paul Beirne,
foi o homem escolhido para tal cargo, ele é o vice-presidente do Ottawa
Senators da NHL e foi o diretor do Toronto FC da fundação do clube até
2013.
Talvez, o principal nome para que tal
projeto saísse do papel foi o antigo treinador da seleção canadense, o
Benito Floro, que insistia que a criação de uma liga de futebol
profissional no país seria o essencial para que os Canucks voltassem a
disputar uma Copa do Mundo. Para que os melhores jogadores não tenham
que sair do país para virarem jogadores profissionais e fazendo até que
muitos deles se naturalizem e não joguem pelo Canadá.
E realmente o projeto está saindo do
papel, Beirne disse recentemente em uma entrevista que a Major League
Soccer mesmo que tem feito um papel interessante para formar jovens
jogadores canadenses, não oferecem oportunidade para os jogadores já
mais velhos, na final da Conferência Leste entre Toronto e Montreal, por
exemplo, apenas dois dos 22 jogadores que começaram jogando eram
canadenses. Segundo ele a liga é dos EUA e o fator de canadenses serem
considerados estrangeiros nos times estadunidenses também dificulta, por
isso a proposta de criar uma liga nacional, com seu próprio calendário
e com regras de limites de estrangeiros na escalação vai ajudar bastante
o desenvolvimento do futebol local.
A expectativa é que a liga tenha entre seis a doze
equipes para sua primeira temporada. Para isso serão criadas equipes em
várias cidades, algumas tendo conexões totais ou parciais com as
franquias da Canadian Football League, para que elas ajudem no
financeiro e na organização desses novos times de futebol. Prevê-se que
haverá equipes em Hamilton, Regina, Calgary, Winnipeg, Halifax e Victoria e que o
Edmonton e o Ottawa Fury também jogarão a liga. Além do boato de que
uma equipe da English Premier League estaria interessada em criar um
time na nova liga canadense.
De acordo com Beirne, os times
canadenses da MLS não irão entrar na liga, ele disse que as três
franquias de Vancouver, Montreal e Toronto estão tendo um grande impacto
no futebol canadense e tirar elas de lá poderia ser um suicídio para o
futebol local. Nem as equipes Bs delas, que atualmente jogam na
USL passariam para a CPL, pois ele não quer que a liga vire uma espécie de liga reserva da Major League Soccer. Ele ainda disse que a liga
terá uma garantia que as despesas estarão sobre controle, criando tetos
salariais, assim como acontece na MLS.
O presidente da Associação Canadense de
Futebol, que também é presidente da CONCACAF e vice-presidente da FIFA,
Victor Montagliani, deverá ser um dos responsáveis pela parte financeira
e estrutural da liga.
